terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Mensagem do Papa Francisco para a quaresma 2018

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2018

Opus Dei - Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2018"Convido os membros da Igreja a empreender com ardor o caminho da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na oração. Se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus!"
Papa
“Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos” (Mt 24, 12)

Amados irmãos e irmãs!
Mais uma vez vamos encontrar-nos com a Páscoa do Senhor! Todos os anos, com a finalidade de nos preparar para ela, Deus na sua providência oferece-nos a Quaresma, “sinal sacramental da nossa conversão”, que anuncia e torna possível voltar ao Senhor de todo o coração e com toda a nossa vida.
Com a presente mensagem desejo, este ano também, ajudar toda a Igreja a viver, neste tempo de graça, com alegria e verdade; faço-o deixando-me inspirar pela seguinte afirmação de Jesus, que aparece no evangelho de Mateus: “Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos” (24, 12).
Esta frase situa-se no discurso que trata do fim dos tempos, pronunciado em Jerusalém, no Monte das Oliveiras, precisamente onde terá início a paixão do Senhor. Dando resposta a uma pergunta dos discípulos, Jesus anuncia uma grande tribulação e descreve a situação em que poderia encontrar-se a comunidade dos crentes: à vista de fenômenos pavorosos, alguns falsos profetas enganarão a muitos, a ponto de ameaçar apagar-se, nos corações, o amor que é o centro de todo o Evangelho.

Os falsos profetas
Escutemos este trecho, interrogando-nos sobre as formas que assumem os falsos profetas?
Uns assemelham-se a “encantadores de serpentes”, ou seja, aproveitam-se das emoções humanas para escravizar as pessoas e levá-las para onde eles querem. Quantos filhos de Deus acabam ofuscados pelas adulações dum prazer de poucos instantes que se confunde com a felicidade! Quantos homens e mulheres vivem fascinados pela ilusão do dinheiro, quando este, na realidade, torna-os escravos do lucro ou de interesses mesquinhos! Quantos vivem pensando que se bastam a si mesmos e caem vítimas da solidão!
Outros falsos profetas são aqueles “charlatães” que oferecem soluções simples e imediatas para todas as aflições, mas são remédios que se mostram completamente ineficazes: a quantos jovens se oferece o falso remédio da droga, de relações passageiras, de lucros fáceis, mas desonestos! Quantos acabam enredados numa vida completamente virtual, onde as relações parecem mais simples e ágeis, mas depois revelam-se dramaticamente sem sentido! Estes impostores, ao mesmo tempo que oferecem coisas sem valor, tiram aquilo que é mais precioso como a dignidade, a liberdade e a capacidade de amar. É o engano da vaidade, que nos leva a fazer a figura de pavões para, depois, nos precipitar no ridículo; e, do ridículo, não se volta atrás. Não nos admiremos! Desde sempre o demônio, que é “mentiroso e pai da mentira” (Jo 8, 44), apresenta o mal como bem e o falso como verdadeiro, para confundir o coração do homem. Por isso, cada um de nós é chamado a discernir, no seu coração, e verificar se está ameaçado pelas mentiras destes falsos profetas. É preciso aprender a não se deter no nível imediato, superficial, mas reconhecer o que deixa dentro de nós um rastro bom e mais duradouro, porque vem de Deus e visa verdadeiramente o nosso bem.

Um coração frio
Na Divina Comédia, ao descrever o Inferno, Dante Alighieri imagina o diabo sentado num trono de gelo; habita no gelo do amor sufocado. Interroguemo-nos então: Como se esfria o amor em nós? Quais são os sinais indicadores de que o amor corre o risco de se apagar em nós?
O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinheiro, “raiz de todos os males” (1 Tm 6, 10); depois dela, vem a recusa de Deus e, consequentemente, de encontrar consolação n'Ele, preferindo a nossa desolação ao conforto da sua Palavra e dos Sacramentos. Tudo isto se permuta em violência que se abate sobre quantos são considerados uma ameaça para as nossas “certezas”: o bebê nascituro, o idoso doente, o hóspede de passagem, o estrangeiro, mas também o próximo que não corresponde às nossas expectativas.
A própria criação é testemunha silenciosa deste resfriamento do amor: a terra está envenenada por resíduos lançados por negligência e por interesses; os mares, também eles poluídos, devem infelizmente guardar os despojos de tantos náufragos das migrações forçadas; os céus – que, nos desígnios de Deus, cantam a sua glória – são sulcados por máquinas que fazem chover instrumentos de morte.
E o amor resfria-se também nas nossas comunidades: na Exortação apostólica Evangelii gaudium procurei descrever os sinais mais evidentes desta falta de amor. São eles a inércia egoísta, o pessimismo estéril, a tentação de se isolar empenhando-se em contínuas guerras fratricidas, a mentalidade mundana que induz a ocupar-se apenas do que aparece, reduzindo assim o ardor missionário.

Que fazer?
Se porventura detectamos, no nosso íntimo e ao nosso redor, os sinais que acabo de descrever, saibamos que, a par do remédio por vezes amargo da verdade, a Igreja, nossa mãe e mestra, nos oferece, neste tempo de Quaresma, o remédio doce da oração, da esmola e do jejum.
Dedicando mais tempo à oração, possibilitamos ao nosso coração descobrir as mentiras secretas, com que nos enganamos a nós mesmos, para procurar finalmente a consolação em Deus. Ele é nosso Pai e quer para nós a vida.
A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos! Como gostaria que, como cristãos, seguíssemos o exemplo dos Apóstolos e víssemos, na possibilidade de partilhar com os outros os nossos bens, um testemunho concreto da comunhão que vivemos na Igreja. A este propósito, faço minhas as palavras exortativas de São Paulo aos Coríntios, quando os convidava a tomar parte na coleta para a comunidade de Jerusalém: “Isto é o que vos convém” (2 Cor 8, 10). Isto vale de modo especial na Quaresma, durante a qual muitos organismos recolhem coletas a favor das Igrejas e populações em dificuldade. Mas como gostaria também que no nosso relacionamento diário, perante cada irmão que nos pede ajuda, pensássemos: aqui está um apelo da Providência divina. Cada esmola é uma ocasião de tomar parte na Providência de Deus para com os seus filhos; e, se hoje Ele Se serve de mim para ajudar um irmão, como deixará amanhã de prover também às minhas necessidades, Ele que nunca Se deixa vencer em generosidade?
Por fim, o jejum tira força à nossa violência, desarma-nos, constituindo uma importante ocasião de crescimento. Por um lado, permite-nos experimentar o que sentem quantos não possuem sequer o mínimo necessário, provando dia a dia as mordidas da fome. Por outro, expressa a condição do nosso espírito, faminto de bondade e sedento da vida de Deus. O jejum desperta-nos, torna-nos mais atentos a Deus e ao próximo, reanima a vontade de obedecer a Deus, o único que sacia a nossa fome.
Gostaria que a minha voz ultrapassasse as fronteiras da Igreja Católica, alcançando a todos vós, homens e mulheres de boa vontade, abertos à escuta de Deus. Se vos aflige, como a nós, a difusão da iniquidade no mundo, se vos preocupa o gelo que paralisa os corações e a ação, se vedes esmorecer o sentido da humanidade comum, uni-vos a nós para invocar juntos a Deus, jejuar juntos e, juntamente conosco, dar o que puderdes para ajudar os irmãos!

O fogo da Páscoa
Convido, sobretudo os membros da Igreja, a empreender com ardor o caminho da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na oração. Se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões, para podermos recomeçar a amar.
Ocasião propícia será, também este ano, a iniciativa “24 horas para o Senhor”, que convida a celebrar o sacramento da Reconciliação num contexto de adoração eucarística. Em 2018, aquela terá lugar nos dias 9 e 10 de março – uma sexta-feira e um sábado –, inspirando-se nestas palavras do Salmo 130: “Em Ti, encontramos o perdão” (v. 4). Em cada diocese, pelo menos uma igreja ficará aberta durante 24 horas consecutivas, oferecendo a possibilidade de adoração e da confissão sacramental.
Na noite de Páscoa, reviveremos o sugestivo rito de acender o círio pascal: a luz, tirada do “lume novo”, pouco a pouco expulsará a escuridão e iluminará a assembleia litúrgica. “A luz de Cristo, gloriosamente ressuscitado, nos dissipe as trevas do coração e do espírito”, para que todos possamos reviver a experiência dos discípulos de Emaús: ouvir a palavra do Senhor e alimentar-nos do Pão Eucarístico permitirá que o nosso coração volte a inflamar-se de fé, esperança e amor.
Abençoo-vos de coração e rezo por vós. Não vos esqueçais de rezar por mim.

Vaticano, 1 de Novembro de 2017
Solenidade de Todos os Santos
Francisco

Tempo quaresmal: exercicios de conversão



Existem exercícios quaresmais que proporcionam a conversão

A liturgia que abre o Tempo da Quaresma manda proclamar o Evangelho em que Nosso Senhor fala da esmola, da oração e do jejum, os quais nos conduzem a um caminho de conversão.
Toda nossa vida se torna um sacrifício espiritual, o qual apresentamos continuamente ao Pai, em união com o sacrifício de Jesus sofredor e pobre; a fim de que, por Ele, com Ele e n’Ele, seja o Pai em tudo louvado e glorificado. Por isso, a Quaresma é um caminho bíblico, pastoral, litúrgico e existencial para cada cristão pessoalmente e para a comunidade cristã em geral, que começa com as cinzas e conclui com a noite da luz, a noite do fogo, a noite santa da Páscoa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vamos refletir sobre os rumos de nossa espiritualidade até a Páscoa de Nosso Senhor Jesus, ou seja, a vida nova que Ele tem para nós, os exercícios quaresmais de conversão. A liturgia da Quarta-feira de Cinzas, que abre o Tempo da Quaresma, manda proclamar o Evangelho em que Nosso Senhor fala da esmola, da oração e do jejum, conforme Mateus 6,1-8.16-18.
Exercícios quaresmais de conversão - 1600x1200

                                  Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Exercícios Quaresmais de conversão

Oração: A oração é a expressão máxima de nossa fé. Não podemos pensar nela como algo que parte somente de nós, pois, quando o homem se põe em oração, a iniciativa é de Deus, que atingiu, com a Sua graça, o coração desse homem. Toda a nossa vida deveria ser uma oração, ou seja, uma comunicação com o divino em nós.
Jejum: Jejuar é abster-se de um pouco de comida ou bebida, é estabelecer o correto relacionamento do homem com a natureza criada. A atitude de liberdade e respeito diante do alimento torna-se símbolo de sua liberdade e respeito para com tudo quanto o envolve e o possa escravizar: bens materiais, qualidades, opiniões, ideias, pessoas, apegos e assim por diante. Jejuar significa fazer espaço em si.
Esmola ou caridade: O que significa esmola? Dar esmola significa dar de graça, dar sem interesse de receber de volta, sem egoísmo, sem pedir recompensa, mas em atitude de compaixão. Nisso, o homem imita o próprio Deus no mistério da criação, e a Jesus Cristo, no mistério da redenção.
Celebrar a Eucaristia no tempo da Quaresma significa percorrer com Cristo o itinerário da provação que cabe à Igreja e a todos os homens; é assumir mais decididamente a obediência filial ao Pai, e o dom de si aos irmãos que constituem o sacrifício espiritual. Assim, renovando os compromissos do nosso batismo, na noite pascal, poderemos “passar” para a vida nova de Jesus, Senhor ressuscitado para a glória do Pai na unidade do Espírito.


Para celebrar bem este tempo

1. O Tempo da Quaresma, que é este tempo de conversão, se estende da Quarta-feira de Cinzas até a Missa, na Ceia do Senhor. Essa Missa vespertina dá início, nos livros litúrgicos, ao Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, o qual tem seu cume na Vigília Pascal e termina com as vésperas do Domingo da Ressurreição. A semana que precede a Páscoa toma o nome de Semana Santa. Ela começa com o Domingo de Ramos.

2. Os domingos deste tempo de conversão se chamam de 1°, 2°, 3°, 4° e 5° Domingo da Quaresma. O 6° domingo toma o nome de “Domingo de Ramos e da Paixão”. Esse dia tem a precedência sobre as festas do Senhor e sobre qualquer solenidade.

3. As solenidades de São José, esposo de Nossa Senhora (19 de março) e da Anunciação do Senhor (25 de março), como outras possíveis solenidades dos calendários particulares, antecipam sua celebração para o sábado, caso coincidam com esses domingos;

4. A liturgia da Quarta-feira de Cinzas abre o tempo da Quaresma. Não se dizem nem se cantam o Glória nem o Credo na Missa.

5. Aos domingos da Quaresma, não se canta o hino Glória; faz-se, porém, sempre a Profissão de Fé e o Creio. Depois da segunda leitura, não se canta o Aleluia; o versículo, antes do Evangelho, é acompanhado de uma aclamação a Cristo Senhor. Omite-se o Aleluia também nos outros cantos da Missa.

6. A cor litúrgica do Tempo da Quaresma é a roxa; para o 4° domingo (Laetare – Alegria) é permitido o uso da cor rosa. No Domingo de Ramos e na Sexta-feira Santa, a cor das vestes litúrgicas e do celebrante é a vermelha, por tratar-se da Paixão do Senhor.

7. Sugestão: em oração, colha de Deus uma penitência ou mortificação pessoal que você possa viver neste tempo de retiro. Por exemplo: deixar algo de que gosta muito de fazer ou de comer, falar menos, diminuir o barulho ao seu redor, assistir menos à televisão, reconciliar-se com as pessoas e situações, fazer um bom exame de consciência e confessar-se. Nos dias de jejum, oferecer a quem não tem o que você iria comer e beber etc.

fonte: Pe. Luizinho, Comunidade Canção Nova
           https://www.cancaonova.com/

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

CURA DE TODAS AS DOENÇAS


         
       
 CURA DE TODAS AS DOENÇAS



Senhor Jesus, suplicamos no poder de Teu Nome † (sinal da cruz), que está acima de todo Nome, que todos os padrões de enfermidade física transmitidos em minha linha de família, deixem de existir.





Na Tua graça, Senhor, cortamos todos os laços de qualquer tipo de enfermidade: do coração, do sangue, desordens digestivas e da alimentação, câncer, úlceras e todas as tendências a formar tumores. Senhor, clamo que Tu coloques ordem em todas as desordens femininas (de menstruação, de desequilíbrio hormonal, infertilidade e frieza sexual) ou na sexualidade masculina (impotência e doenças infecciosas).
Clamo também, Senhor † (sinal da cruz), que Tu venhas contra
todas as deformidades físicas, problemas de audição, imunodeficiências, doenças raras, olhos fracos, maus dentes e pés chatos.
Também contra todas as enxaquecas, retardamento mental, problemas dos pulmões, artrite, doenças da pele, desordens ósseas e pressão alta.
Renuncio e corto no poder de Jesus † (sinal da cruz)toda transmissão de todas as desordens físicas, fraquezas inexplicáveis e todos os traumas que me atingiram geneticamente.
Senhor, libertai-nos dos efeitos e de toda propagação desses caminhos de doenças, inseridos em minha linha de família.
Pai, perdoai todos em minha família, que tiveram mania de doença como forma de evitar a vida e pelas maneiras como tentaram satisfazer necessidades pessoais de modos doentios.
Senhor, que um padrão de "escolher a vida" flua como rio através de minha linha de sangue.
Eu Te louvo e Te agradeço, Senhor, pelas graças que Tu estás me concedendo. Amém!






Coração de Maria, saúde dos enfermos ... rogai por nós!





segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Os Católicos e a Festa de Halloween






 Neste texto e audio abaixo, uma matéria sobre a festa de Hallowenn, com Pe. Paulo Ricardo.
 


                                                  Foto referencial de Halloween / Pixabay (Domínio Público)

O que nós, como católicos, devemos pensar a respeito do Halloween? Qual a origem dessa festa e como ela assumiu os contornos que vemos hoje? Seria possível festejá-la, em nossos dias, de forma cristã?

Traduzida para a língua portuguesa como "dia das bruxas", a expressão Halloween se origina, na verdade, do calendário litúrgico da Igreja Católica, que celebra no dia 31 de outubro a véspera da Solenidade de Todos os Santos — All Hallows' Eve, em inglês. Seguida pela Comemoração dos Fiéis Defuntos, no dia 2 de novembro, ambas as festas marcam o início de um mês que, para os católicos, se destina tradicionalmente à meditação dos novíssimos (as "últimas realidades", que abarcam a morte, o juízo, o Céu, o inferno e o purgatório). Sabendo, de fato, que a Igreja não é formada apenas pelos membros que militam nesta vida, mas também pelos santos que triunfam no Céu e pelas almas que padecem no purgatório, sempre existiu no coração católico um sentimento de profunda solidariedade para com nossos irmãos do além, sendo esse o motivo pelo qual visitamos os cemitérios, rezamos, jejuamos e mandamos celebrar Missas pelas almas dos fiéis defuntos.

Uma prática piedosa esquecida, também com essa finalidade, é a de dar esmolas, da qual se origina a famosa brincadeira de "doces ou travessuras" (trick-or-treat): a princípio, eram os pobres pedintes que batiam às portas das casas das famílias, esperando receber delas o "pão das almas"; com o tempo, porém, esse pão foi se sofisticando e sendo substituído por doces das mais variadas formas, os quais passaram a ser distribuídos também às crianças. Outro fato curioso é que, possivelmente, foram as visitas aos cemitérios cristãos que deram origem ao costume hoje vigente no Halloween de se acender uma vela dentro de uma abóbora: construídos ao lado das igrejas, os cemitérios eram terrenos muito limitados, pelo que, em alguns lugares, a fim de dar espaço a outros defuntos, os ossos dos falecidos há mais tempo eram colocados em um lugar à parte, onde, ao mesmo tempo, velas eram acendidas para se fazer oração. É da pedagogia cristã, por fim, que parecem vir os trajes de demônios e afins, que hoje as pessoas vestem com escárnio e fins meramente mundanos: no começo, esses costumes eram usados nas artes para catequizar as crianças e ensinar-lhes a Fé, incutindo nelas, desde a mais tenra idade, as verdades eternas. Assim os filhos aprendiam a existência dos demônios e do inferno, a pena eterna devida pelo pecado mortal, a possibilidade real de condenar-se para sempre etc.

Hoje, no entanto, permitir que as crianças se disfarcem de bruxos, monstros e demônios é, sem sombra de dúvida, um grande erro por parte de pais e educadores. A moderna festa de Halloween, que se propagou ao redor do mundo desde os Estados Unidos e a Inglaterra, preservou muito pouco de seus elementos originalmente cristãos. Isso aconteceu porque a Rainha Elisabete I, desprezando (como boa protestante que era) a intercessão pelos mortos, proibiu os seus súditos (e fiéis) de tomarem parte em quaisquer cerimônias que lembrassem o respeito e a reverência que, enquanto membros do mesmo corpo místico, todos devemos aos nossos irmãos que morreram em Cristo. Com isso, ao invés de eliminar os festivais que seu povo tão piedosamente celebrava, o que a Coroa conseguiu foi simplesmente desnaturar o Halloween de todo o seu sentido cristão, fazendo com que os ingleses retomassem, ainda que de forma mitigada, os cultos macabros que os celtas, seus ancestrais pagãos, prestavam aos mortos. Assim, o que fôra para os primeiros evangelizadores da Inglaterra uma grande oportunidade de catequese — por ordem de Gregório Magno, que enviou ao país Santo Agostinho da Cantuária e o orientou expressamente a lançar mão dos elementos da cultura local para a conversão dos nativos — terminou se transformando, para as gerações vindouras, em flerte com o paganismo e causa de verdadeira perdição.

Muitos sacerdotes exorcistas atestam essa verdade na prática de seu ministério: é grande a contaminação que recebem muitas crianças e jovens ao participarem das aparentemente "inofensivas" brincadeiras desta que constitui, agora, uma festividade puramente pagã. Por isso, recomenda-se às famílias católicas que evitem tomar parte nessas comemorações e não permitam que seus filhos se caracterizem como bruxos, demônios e coisas afins. Podemos até admitir, como já explicado, que a origem do Halloween seja católica; festejá-lo da forma mundana como ele é festejado hoje, todavia, constitui muito mais um mal que propriamente um bem.

É claro que as famílias cristãs podem — e devem — servir-se dessa ocasião, em suas casas, para restaurar o autêntico sentido católico do dia 31 de outubro: aproveitar a proximidade da festa de Todos os Santos para inspirar as crianças e os jovens a imitarem o exemplo desses amigos de Deus e aspirarem ao destino eterno que eles alcançaram. Uma boa sugestão nesse sentido seria, ao invés de impor nos filhos os costumes dos condenados ao inferno, vesti-los com roupas de santos. Vesti-los de santos, sim, o que não significa necessariamente vesti-los com hábitos clericais ou religiosos, porque afinal, como nos ensina a história da Igreja, a santidade é para todas as pessoas, independentemente do estado de vida — e da faixa etária — em que se achem. Incentivando nossas crianças a celebrarem deste modo a véspera de Todos os Santos, começaremos a prepará-los desde já para a celebração plena desse mistério no Céu.

Audio - Os Católicos e a Festa de Halloween 
 

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Retiro de Aprofundamento de Oração - I Senhor, faz-me cheio de Ti

 

Clique para ver as fotos do Retiro de Aprofundamento: "I Senhor, faz-me cheio de Tí", com a presença dos pregadores, Pe. Rosivaldo Lopes (pároco da Paróquia São Geraldo Majela), e, Ederson Luiz Marques (Edinho - coordenador do Ministério de Intercessão da Diocese de Jacarezinho-Pr, ocorrido nos dias 21 e 22 de outubro de 2017, em Paróquia São Geraldo Majela de Bandeirantes-Pr.


quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

2017, Jubileu de Ouro da RCC

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O Conselho Nacional da RCCBRASIL, que está reunido em Brasília desde a última quarta-feira, dia 21, discerniu a temática que deverá acompanhar as missões, encontros e ser trabalhada nas reuniões de oração dos Grupos de Oração. “O Espírito Santo descerá sobre ti”, de Lucas 1,35, foi a passagem que o Senhor inspirou.
Também foram apresentadas sugestões de temáticas para alguns encontros que já fazem parte da vida do movimento nos estados e dioceses:
- para os congressos estaduais: “O Espírito Santo descerá sobre ti” (Lc 1,35)
- para os encontros de carnaval: “Meu espírito exulta de alegria (Lc 1,47)”
- para os encontros de Pentecostes: “E com eles, estava Maria...” (cf. At 1,14)
- para o Cenáculo com Maria: “Com Maria, retornemos ao Cenáculo”

Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém e assessor eclesiástico da RCCBRASIL, que está acompanhando a reunião do conselho, escreveu uma carta reunindo toda a inspiração que o Senhor deu na oração de discernimento e apresentou ao conselho nacional. A inspiração para essas temáticas estão na carta de Dom Alberto.
Transcrevemos abaixo a carta e pedimos que seja repassada a todos os Grupos de Oração do Brasil.



TEMA DO ANO DE 2017
JUBILEU DE OURO DA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA
ANO MARIANO NACIONAL
      No dia 23 de setembro de 2016, sexta-feira, dia de São Padre Pio, o Espírito Santo conduziu o Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica a mais uma experiência de Cenáculo, quando foi realizada a eleição de Katia Roldi Zavaris como Presidente do mesmo Conselho para os próximos três anos. Procedemos com serenidade, sabendo que fomos acompanhados pela oração de tantos irmãos e de todas as partes do Brasil, para que o discernimento correspondesse à vontade de Deus, para irmos ao encontro da nova e exigente etapa a ser vivida pela RCC, com os passos a serem dados no ano do Jubileu de Ouro. Damos graças ao Senhor pela sua mão que, temos a certeza, conduziu os trabalhos realizados.
            
 De acordo com a prática consolidada da RCC no Brasil, coube-nos ainda, no mesmo clima de Cenáculo, a tarefa de discernir o tema do próximo ano, que orientará todas as atividades a serem realizadas, na busca da unidade, com a qual desejamos contribuir para a Evangelização (Cf. Jo 17, 21), a fim de que o mundo creia.
            
 Durante o dia, muitos irmãos e irmãs contribuíram com as propostas ligadas aos vários eventos eclesiais que se apresentam. No próximo dia 12 de outubro, começará o ANO MARIANO NACIONAL, para celebrar os trezentos anos da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida. O JUBILEU DE OURO da Renovação Carismática Católica, a ser celebrado em Roma, junto com o Papa Francisco, na Solenidade de Pentecostes de 2017, tem conduzido nossa reflexão e nossa oração na direção de “Um novo Pentecostes para uma nova Evangelização”. A Virgem Maria, com sua docilidade aos planos de Deus, acolheu o dom do Espírito Santo para a Encarnação do Verbo, esteve de pé aos pés da Cruz, acompanhou a primeira Comunidade Cristã no testemunho de Cristo Ressuscitado e esteve no Cenáculo, orando, preparando e acolhendo o dom do Espírito Santo no Pentecostes.
            
 Para preparar a desejada renovação da graça do Pentecostes, a Renovação Carismática Católica do Brasil terá como tema do ano de 2017 a palavra do Anjo Gabriel dirigida a Nossa Senhora:

“O ESPÍRITO SANTO DESCERÁ SOBRE TI” (Lc 1, 35)
              
 Desejamos olhar para a Virgem Maria e aprender dela a docilidade ao Espírito Santo. Sabemos que, na justa medida, nós também queremos fazer com que Jesus nasça no coração das pessoas, pela Evangelização. Para tanto, sabendo que a graça concedida à Renovação Carismática Católica é que sejamos “apóstolos do Batismo no Espírito Santo”, buscamos a fidelidade à recomendação do Papa Francisco, de que levemos adiante este apostolado, para o bem da Igreja.
              
 Diante da escolha feita, nossa oração nos conduziu a uma música muito conhecida e rica de conteúdo, com a qual queremos viver este ano de 2017 que se aproxima:

1-      Quando teu Pai revelou o segredo a Maria
Que, pela força do Espírito, conceberia
A ti, Jesus, Ela não hesitou logo em responder
Faça-se em mim, pobre serva o que a Deus aprouver!
Hoje imitando a Maria que é imagem da Igreja
Nossa família outra vez te recebe e deseja
Cheia de , de esperança e de amor, dizer sim a Deus
Eis aqui os teus servos, Senhor!

Refrão: Que a graça de Deus cresça em nós sem cessar
E de ti, nosso Pai, venha o Espírito Santo de amor
 Pra gerar e formar Cristo em nós!

2 - Por um decreto do Pai ela foi escolhida
Para gerar-te, ó Senhor, que és origem da vida
Cheia do Espírito Santo no corpo e no coração
Foi quem melhor cooperou com a tua missão.
Na comunhão recebemos o Espírito Santo
E vem contigo Jesus, o teu Pai sacrossanto
Vamos agora ajudar-te no plano da salvação
Eis aqui os teus servos, Senhor!

3 - No coração de Maria, no olhar doce e terno
Sempre tiveste na vida um apoio materno
Desde Belém, Nazaré, só viveu para Te servir
Quando morrias na cruz, tua mãe estava ali.
Mãe amorosa da Igrejaquer ser nosso auxílio
Reproduzir nos cristãos as feições de teu Filho
Como Ela fez em Caná, nos convida a te obedecer
Eis aqui os teus servos, Senhor!

4 - De outra Mãe, a Igreja, um dia nascemos;
Pelo batismo, tua vida imortal recebemos.
Sendo fiel, conservou tuas palavras e transmitiu
A nós, seus filhos amados, e a ti conduziu.
Vendo que os homens têm fome de amor e verdade,
Tantos são pobres e fracos sem paz e amizade,
Deste à Igreja a missão de gerar-te nos corações:
Eis aqui os teus servos, Senhor!

(Canto de Comunhão da Missa “Maria, Mãe da Igreja - Letra: Dom Carlos Alberto Navarro; Música: Waldeci Farias).

“Nós vos pedimos, Senhor, que a vossa Igreja, pela materna intercessão da Virgem Maria, instrua todas as nações pelo anúncio do Evangelho, e encha a terra toda com a efusão do Espírito Santo”
(Cf. Oração depois da Comunhão, Missa votiva de Nossa Senhora, Mãe da Igreja)        

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém/PA e Assessor Eclesiástico da RCCBRASIL

PORTAL DA RCC - BRASIL

Vídeo institucional Renovação Carismática Católica Jubileu 50 anos



 

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Pode um Católico ser Maçom?


Fonte: https://www.padrereginaldomanzotti.org.br
 

D. João Evangelista Martins Terra, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, escreveu um livro que aborda justamente este assunto: "Maçonaria e Igreja Católica", que é uma pesquisa histórica sobre a maçonaria, sua expansão e situação no mundo de hoje, especialmente no Brasil. Faz uma análise dessa organização e apresenta a posição da Igreja Católica pós-conciliar.

Usaremos este livro para mostrar a posição da Igreja Católica para com a maçonaria e como ela orienta a seus fiéis e clérigos.

O CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO (Obra citada, pág. 70 a 72)

"O Código de Direito Canônico de 27-5-1917 contém os seguintes cânones relativos à maçonaria":


Cân. 684: "Os fiéis fugirão das associações secretas, condenadas, sediciosas, suspeitas ou que procuram subtrair-se à legítima vigilância da Igreja".

Cân. 2333: "Os que dão seu próprio nome à seita maçônica ou a outras associações do mesmo gênero, que maquinam contra a Igreja ou contra os legítimos poderes civis, incorrem ipso facto na excomunhão simpliciter reservata à Sé Apostólica".

Cân. 2336: "Os clérigos que cometeram o delito de que tratam os cânones 2334 e 2335 devem ser punidos, não somente com as penas estabelecidas nos cânones citados, mas também com a suspensão ou privação do mesmo benefício, ofício, dignidade, pensão ou encargo que possam ter na Igreja; os religiosos, pois com a privação do ofício e da voz ativa e passiva e com outras penas de acordo com suas constituições. Os clérigos e os religiosos que dão o nome à seita maçônica ou a outras associações semelhantes devem, além disso, ser denunciados à Sagrada Congregação do Santo Ofício".

Cân. 1399, nº 8 - são ipso facto proibidos: "Os livros que, tratando das seitas maçônicas ou de outras associações análogas, pretendem provar que, longe de serem perniciosas, elas são úteis à Igreja e à sociedade civil".

Ver ainda os cânones: 693; 1065; § 1 e § 2, 1240; 1241.

"Desses cânones do Código de 1917 resulta claramente que:

Todo aquele que se inicia na maçonaria, incorre, só por este fato, na pena de excomunhão (cân. 2335).

Por ter incorrido na excomunhão, todo maçom: a) deve ser afastado dos sacramentos (confirmação, confissão, comunhão, unção dos enfermos), ainda que os peça de boa fé (cân. 2138, § 1); b) perde o direito de assistir aos ofícios divinos, como sejam: A Santa Missa, a recitação pública do Ofício Divino, procissões litúrgicas, cerimônias da bênção dos ramos etc. (cf. cân. 2259, § 1; 2256, n. 1); c) é excluído dos atos eclesiásticos legítimos (cân. 2263), pelo que não pode ser padrinho de batismo (cân. 765, n. 2) nem de crisma (cân. 795, n. 1); d) não tem parte nas indulgências, sufrágios e orações públicas da Igreja (cân. 2262, § 1).

O maçom não pode ser admitido validamente nas associações ou irmandades religiosas (cân. 693).

Os fiéis devem ser vivamente desaconselhados de contrair matrimônio com maçons (cân. 1065, § 2).

Só após prévia consulta do bispo e garantida a educação católica dos filhos, pode o pároco assistir ao casamento com um maçom (cân. 1065, § 2).

O maçom falecido, sem sinal de arrependimento, deve ser privado da sepultura eclesiástica (cân. 1240).

Deve-se negar aos maçons qualquer missa exequial, assim como quaisquer ofícios fúnebres públicos (cân. 1241).

O Santo Ofício declarou, no dia 20 de abril de 1949, numa resposta ao bispo de Trento, que nada tinha mudado na disciplina do Código de Direito Canônico a respeito da maçonaria".
Façamos então uma nova pergunta: A situação hoje ainda é a mesma? Ou houve alguma mudança?

Em 27 de novembro de 1983, entrou em vigor um novo Código de Direito Canônico: "O Novo Código apresenta um cânon relativo à maçonaria":


Cân. 1374: "Quem se inscrever em alguma associação que maquina contra a Igreja seja punido com justa pena; e quem promover ou dirige uma dessas associações, seja punido com interdito". (Obra citada, pág. 99).

No mesmo dia em que entrava em vigor o novo Código de Direito Canônico, L´Osservatore Romano publicava esta Declaração da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, sobre a maçonaria:

"Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da maçonaria pelo fato de que, no novo Código de Direito Canônico, ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior. Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério relacional, seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categoria mais amplas. Permanece, entretanto, imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja, e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão. Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas, com juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, pp. 240-241). O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a Audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, decidida na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação. Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983". (Obra citada, pág. 100 e 101).
E o que diz a maçonaria? Vejamos.
CATÓLICO E MAÇOM?

C. W. Leadbeater, conhecido escritor maçônico, sustenta que "seria um empreendimento colossal escrever uma história da Maçonaria, pois seriam necessários conhecimentos enciclopédicos e muitos anos de pesquisas".

Por seu lado, Marius Lepage, em seu livro História e Doutrina Franco-Maçonaria, após perguntar "quem poderia escrever uma história da Ordem em algumas semanas?", responde que "seriam necessários anos de trabalho".

Dom Ivo Lorscheiter, Bispo responsável pelo Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, escreve e assina: "O estudo da Maçonaria é, sem dúvida, difícil e complexo. Sua história, suas concepções profundas, suas atitudes concretas, as sucessivas severas manifestações do Magistério da Igreja Católica, o espírito de diálogo hoje reinante - tudo parece conduzir a esta pergunta fundamental e de largas conseqüências: Afinal, a Maçonaria e a Doutrina Católica são conciliáveis entra si?".

Todavia, todas as dificuldades apontadas e conhecidas não impediram que a Maçonaria fosse agredida, injuriada, caluniada e condenada por muitos, mas principalmente pela Igreja Católica Apostólica Romana. Vários Papas, que são os bispos da Diocese de Roma, chefes e reis do Estado Pontifício com sede no Vaticano, têm condenado a Maçonaria, e eles foram:


Clemente XII - Bula "In eminenti" -1738.
Bento XIV - Bula "Provida Romanorum Pontificum" - 1751.
Pio VII - Bula "Ecelesian a Jesus Christo" - l800
Leão XII - Bula "Onde .Graviora" - 1823.
Pio VIII - Encíclica de 20/3/1829.
Pio IX - Encíclica "Omi Pluribus" = 1864 - Alocução de 20/4/1864 - Encíclica Nascita et Nobiscum - 1894 - Constituição Apostólica "SEDIS" - 1869
Leão XIII - Encíclicas de 1872, 1878, 1884 e 1892.
Não vamos comentar todas as Bulas e Encíclicas. Vamos apontar as duas realmente importantes para o nosso trabalho:

Clemente XII: a primeira condenação da Maçonaria. Notem que haviam decorridos apenas 21 anos da constituição da Grande Loja de Londres (24/6/1717), e portanto a Ordem era pouco conhecida do Vaticano. Alguns escritores afirmam que "o motivo da condenação não era religioso, mas de ordem política".

Entretanto, o Padre Ferrer Benimeli, conhecido maçonólogo, garante que "esta hipótese é totalmente insustentável do ponto de vista histórico, à luz da documentação vaticana da época".

O Padre Jesus Hortal, é teólogo e canonista, muito ligado aos temas de ecumenismo e diálogo interreligioso; nos esclarece que o documento de Clemente XII é algo obscuro na sua redação, mas que o resumo dele feito na Bula "Providas Romanorum Portificum" promulgada pelo Papa Bento XIV aos 18 de maio de 1751 oferece uma melhor compreensão, pois ali estão enumeradas seis razões para a condenação:


"a primeira é que, nas tais sociedades e assembléias secretas, estão filiados indistintamente homens de todos os credos; daí ser evidente a resultante de um grande perigo para a pureza da religião católica;

"a segunda é a obrigação estrita do segredo indevassável, pelo qual se oculta tudo que se passa nas assembléias secretas;

"a terceira é o juramento pelo qual se comprometem a guardar inviolável segredo, como se fosse permitido a qualquer um apoiar-se numa promessa ou juramento com o fato de furtar-se a prestar declarações ao legitimo poder... ;

"a quarta é que tais sociedades são reconhecidamente contrárias às sanções civis e canônicas ...;

"a quinta é que em muitos países as ditas sociedades e agremiações foram proscritas e eliminadas por leis de princípio seculares;

"a última enfim é que tais sociedades e agremiações por homens prudentes e honestos".

Não é nosso objetivo, pelo menos hoje, discutir ou debater as seis razões apontadas acima, as quais serviram para os Papas Clemente XII em 1738 cominar a pena de excomunhão, e Bento XIV, em 1751, confirmá-la.
Não se iludam. Já se passaram 260 anos da condenação de Clemente XII, e a posição da Igreja de Roma não mudou nada com relação à maçonaria e aos católicos que são iniciados na ordem maçônica, como veremos adiante.

Além de considerar a maçonaria como uma seita, entre outras, conforme se constata na Constituição Apostólica Ecelesian, 13/9/1821, do Papa Pio VII, condenando especificamente a Carbonária, mas estabelecendo um laço de continuidade com os maçons do século XVIII condenados por - Clemente XII e Bento XIV. Ainda mais: O Papa Leão XII na Bula ."Quo Graiora", 13/5/1825, considerou a maçonaria como uma sociedade - que tem como finalidade "maquinar (ou seja, conspirar) contra a Igreja e os legítimos poderes do Estado", conforme se lê nos Estudos da CNBB n° 66, produzido pelo Padre Jesus Hortal.

Em 1917, quando foi promulgado o primeiro Código de Direito Canônico, manter-se a proibição dos católicos filiarem-se à Maçonaria. Lá estava bem clara a pena de excomunhão (cânon 2335). Passaram-se mais 57 anos, e, em 1974, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (SCDF) enviou uma carta a algumas conferências Episcopais mantendo a pena do Cânon 2335 (excomunhão) para os que se inscreverem na ordem maçônica.

É muito importante a Declaração dos Bispos Alemães, publicadas em 12/5/1980, que conclui " pela inconciabilidade, pelos seguintes motivos, entre outros:


"a maçonaria admite um conhecimento objetivo de Deus, no sentido pessoal do "teísmo". O ´Grande Arquiteto do Universo´ é ´algo´ neutro, indefinido e aberto a qualquer interpretação;

a maçonaria apresenta aos seus membros uma exigência de totalidade, que reclama uma pertença a ela na vida e na morte, o que parece não deixar espaço para a igreja".
Logo a seguir, uma declaração da SCDF, em 17/2/1981, confirmam e precisa:


"não foi modificada de algum modo a disciplina canônica, que permanece em todo o seu vigor";

"NÃO FOI PORTANTO AB-ROGADA A EXCOMUNHÃO NEM AS OUTRAS PENAS CANÔNICAS PREVISTAS".
A 26/11/1983 na véspera da entrada em vigor do novo Código de Direito Canônico, a Congregação para a Doutrina da Fé, agora sob a direção do Cardeal Ratzinger, reafirma:


"Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois seus princípios FORAM SEMPRE CONSIDERADOS INCONCILIÁVEIS COM A DOUTRINA DA IGREJA e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão. O Sumo Pontífice João Paulo II, durante audiência concedida ao subscrito cardeal Prefeito, aprovou a presente declaração, e ordenou a sua publicação".
Parece-nos sem sombra de qualquer dúvida, ser impossível para o católico uma dupla fidelidade eclesial e maçônica.

A linha 5 da CNBB, desde alguns anos vem realizando com a presença de bispos e sacerdotes, bem como um grupo de maçons convidados - nós comparecemos em quatro reuniões - cujo assunto principal era saber se a doutrina católica, era ou é compatível com a doutrina maçônica. Após inúmeras discussões, que duraram anos, os maçons não conseguiram obter nenhuma declaração favorável à maçonaria. Sempre esbarraram nos cânones do Vaticano, em vigor até hoje. Na última reunião, realizada no dia 13/10/l997, o tema conciabilidade entre maçonaria e igreja católica foi abandonado, e agendado: o simbolismo dos três primeiros graus, com interpretação católica e interpretação maçônica.

Por tudo o que já foi apresentado documentadamente, preferimos concordar com o Padre Jesus Hortal:

"Maçonaria e Igreja Católica são simplesmente inconciliáveis, com uma inconciabilidade que não depende de conjunturas históricas, nem de ações particulares, mas que é intrínseca à própria natureza de ambas as instituições".



Igreja Católica e a Maçonaria

 Fonte: https://www.padrereginaldomanzotti.org.br

A maçonaria tem uma origem difícil de ser comprovada. Alguns afirmam remontar ao tempo anterior ao dilúvio de um tal Jabal, construtor contratado por Caim e Enoch. Jabal ensinou uma arte secreta para trabalhar com lâminas de ouro. Esses conhecimentos chegaram a Abraão, por meio de quem seriam transmitidos aos egípcios. Estes os transmitiram aos Judeus, que alcançaram o seu apogeu na construção do templo de Salomão. Depois da destruição do templo, o conhecimento teria passado para os cristãos. Os depositários desses segredos seriam os "quatro santos coroados" e Santo Albano na Inglaterra, o qual com a ajuda do rei Athelstan os teria codificado.

A maioria dos estudiosos não aceita essa primeira origem, ela é considerada um tanto fantasiosa. Admiti-se que a origem remota da maçonaria moderna( franco-maçonaria = pedreiros livres) desenvolveu-se a partir das organizações medievais que agrupavam arquitetos, mestres- de- obras e pedreiros, os quais, por construírem castelos e igrejas eram considerados espiritualmente nobres.
Tinham como meta construir a liberdade e a tolerância e o aperfeiçoamento da humanidade. Professavam a existência de um Principio Criador, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo.

A maçonaria, conforme é conhecida até os nossos dias, foi criada em 24 de junho de 1717, como a fundação da Grande Loja da Inglaterra. Surgiu da iniciativa dos pastores protestantes ingleses James Anderson e J. T. Desaguliers. No ano de 1723, Anderson elabora a primeira Constituição maçônica. A partir de então a maçonaria adotou uma forma de organização política que deveria conservar daí por diante.
Durante o século XVIII surgiram lojas na Europa e na América. Com o tempo os maçons tornaram-se anticlericais, sendo por isso, excomungados pela Igreja Católica (1738). Após a cisão que resultou na fundação do Grande Oriente, na França, em 1773, a maçonaria alcançou o apogeu, tendo importante papel nos acontecimentos da Revolução Francesa.

A maçonaria tem como principio professar as mais diversas religiões. Como no Brasil a grande maioria dos brasileiros é cristã, adota-se a Bíblia como livro da lei. Em outra nação, o livro que ocupa o lugar de destaque no Templo poderá ser o Alcorão, o Tora, o livro de Maomé, os Vedas etc., de acordo com a religião de seus membros.
Em 24 de abril de 1738, o papa Clemente XII escreve a encíclica IN EMINENTI, em que condenou abertamente pela primeira vez a maçonaria. A partir dessa palavra oficial da Igreja foi proibido aos católicos pertencer á maçonaria.

Nos séculos seguintes inúmeros papas confirmaram essa mesma posição por meio de diferentes documentos:
· Benedicto XIV, Providas, 18 de maio de1751.
· Pio VII, Ecclesiam a Jesu Chisto, 13 de setembro de 1821.
· LeãoXII, Quo Graviora, 13 de março de 1825.
· Pio VIII, Traditi Humilitati, 24 de maio de 1829.
· Gregório XVI, Mirari Vos, encíclica, 15 de agosto de 1832.
· Pio IX, Qui Pluribus, encíclica, 9 de novembro de 1846.
· Leão XIII, Humanum Genus, encíclica, 20 de abril de 1884.
· Leão XIII, Dall Alto Dell Apostólico, Seggio, encíclica, de 15 de outubro de 1890.

A encíclica HUMANUM GENUS, escrita por Leão XIII, é um das mais fortes e extensas no que diz respeito a indicar os erros da maçonaria e sua incompatibilidade com a doutrina cristã.O papa ensina, nessa encíclica, que a Igreja católica e a maçonaria são como dois reinos em guerra.
Entre os pontos principais apresentados por Leão XIII sobre os erros da maçonaria, destacam-se:
- a finalidade da maçonaria é destruir toda ordem religiosa e política do mundo inspirada pelos ensinamentos cristãos e substituí-las por uma nova ordem de acordo com suas idéias.
- Suas idéias procedem de um mero "naturalismo". A doutrina fundamental do naturalismo é a crença de que a natureza e a razão humana devem guiar tudo.
- A maçonaria apresenta -se como religião natural do homem. Por isso afirma ter sua origem no começo da história da humanidade.

- O conceito de DEUS é diferente daquele apresentado na Bíblia e na doutrina católica. Para a maçonaria, DEUS é um conceito filosófico e natural. DEUS passa a ser a imagem do homem. Por isso, não existe uma clara distinção entre o espírito imortal do homem e DEUS.
- A maçonaria nega a possibilidade de DEUS ter ensinado algo.
- Não aceita ser entendida pela inteligência humana.
- A maçonaria estimula o sincretismo religioso, isto é, a mistura das mais diferentes crenças.
- A maçonaria compara a Igreja católica a uma seita.

Em 1917, no antigo CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO (lei oficial da igreja), a maçonaria foi comparada explicitamente:
CÂNON 2.335: Pessoas que entram em associações da seita maçônica, ou outra do mesmo tipo que conspire contra a Igreja e a autoridade civil legítima, recebem excomunhão simplesmente reservada á Sé Apostólica.
Em 17 de fevereiro de 1981, a Sagrada Congregação para a doutrina da fé divulgou uma orientação para os católicos sobre a maçonaria, em que reafirma a posição tradicional da Igreja.
O Código de Direito Canônico atual, publicado em 1983, não fala de modo explícito da maçonaria, somente dá uma orientação geral contra esse tipo de associação:
CÂNON 1.374: Quem der nome a uma associação, que maquine contra a igreja, seja punido com justa pena; quem promover ou dirigir tal associação seja punido com interdito.

Por não falar da maçonaria, alguns católicos, pensaram que esse cânon não se aplicasse a ela. Surgiu um impasse: teria acabado a proibição para os católicos participarem das lojas maçônicas? Para esclarecer essa dúvida, em 26 de novembro de 1983, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé publicou a Declaração sobre as Associações maçônicas,
QUAESITUM EST:
"Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da maçonaria pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior.
Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional seguido também quanto ás outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas.

Permanece, portanto, imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem ás associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão. Não compete ás autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas com juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de fevereiro de 1981" ( cf. AAS 73,1981,pp. 240-241).
O Sumo Pontífice João Paulo II, durante audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente declaração, decidida na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação.

Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983.
Joseph Card. Ratzinger.
PREFEITO
Fr. Jérôme Hamer, O.P.
SECRETÁRIO.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Rede de Intercessão - mês de setembro/2016

Ofereça o seu sofrimento como intercessão

O sofrimento entrou no mundo pelo pecado. A consequência do pecado de nossos primeiros pais, Adão e Eva, foi sua expulsão do Paraíso terrestre, a condenação à morte e o fechamento do Céu para o gênero humano. Deus, porém, que é Pai de misericórdia, apiedou-se da humanidade e determinou que Seu Filho muito amado se fizesse homem, pagasse por nós o débito do pecado — que, por ser infinito, não estávamos em condições de saldar — e nos reabrisse o Céu. Tal foi a obra da Redenção consumada pelo sofrimento de Nosso Senhor Jesus Cristo no alto da Cruz. O essencial, portanto, foi cumprido pelo Divino Salvador.
Entretanto, Deus estabeleceu que o fruto da Redenção se aplicasse a cada um de nós pela nossa participação pessoal no Sacrifício redentor de Cristo. E essa participação se dá pela aceitação amorosa e resignada dos sofrimentos que Deus nos permite nesta vida. É a doutrina ensinada por São Paulo, segundo a qual devemos completar em nossa carne o que falta à Paixão de Cristo (cf. Col 1,24).
No entanto, sabemos que Deus não é – nem pode ser – o autor de algum mal; mas Ele permite que as criaturas, limitadas como são, cometam males físicos e morais; Ele não quer “policiar” o mundo artificialmente, mas se encarrega de tirar dos males, produzidos pelas criaturas, bens ainda maiores. Isto em vários casos é evidente, pois se verifica que, para muitas pessoas, o sofrimento é uma escola que converte e transfigura.
Até mesmo os menores sofrimentos da nossa vida, se forem oferecidos a Deus, podem se transformar em grandes bênçãos. Por exemplo, quando temos uma dor de cabeça, quando não estamos bem fisicamente, quando alguém nos acusa injustamente, quando nos insultam, quando somos mal compreendidos, criticados, quando não somos apreciados, enfim, todas estas e outras situações de sofrimento podem ser ofertadas ao Senhor como intercessão.
Certamente não encontraremos entre os intercessores, alguém que nunca teve ou nunca terá algum tipo de sofrimento na vida. Talvez a intensidade do sofrimento varie de pessoa para pessoa, algumas sofrem mais e outras sofrem menos, mas o fato é que todos nós temos algum tipo de sofrimento que pode ser ofertado ao Senhor na nossa intercessão.
São muitas graças que podemos receber através dos sofrimentos se os aceitamos e os oferecemos ao Senhor, mas infelizmente, na maioria das vezes reclamamos e até mesmo culpamos os outros. Sofremos sozinhos e não os ofertamos ao Senhor e, por isso, deixamos de receber as graças neles contidas. Com este tipo de comportamento, as graças que poderíamos ter recebido quando passamos por sofrimentos são desperdiçadas. Mas quando somos capazes de oferta-los a Deus, eles se tornam bênçãos em nossa vida e na vida daqueles por quem intercedemos.
Neste contexto podemos aprender muito com a vida dos santos da Igreja. Por exemplo, São Pe. Pio, que mesmo sendo um dos santos mais carismáticos da Igreja, passou por um longo tempo de sofrimentos. Ele possuía muitos carismas do Espírito Santo, tinha até mesmo um dom muito raro, o da bilocação, ou seja, a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Quando ele celebrava a Missa, a igreja ficava cheia de um suave perfume e as pessoas vinham em grande número para participar das suas celebrações. Devido a isso, alguns membros da sua comunidade começaram a sentir ciúmes e a fazer muitas acusações falsas contra ele, sendo-lhe impostas por seus superiores muitas restrições contra o seu ministério. Por três anos ele foi proibido de celebrar Missas em público, obrigando-se a celebrar sozinho em sua pequena cela. Durante trinta e três anos sempre houve alguma espécie de restrição sobre o seu ministério, mas ele sempre aceitou estes sofrimentos e nunca se rebelou contra os seus superiores.
Às vezes isso também acontece conosco, quando somos impedidos de fazer o que gostaríamos ou quando não aceitam uma sugestão ou mesmo uma moção vinda da intercessão. São nestes momentos também que precisamos aprender com o exemplo dos santos a submeter e a entregar os sofrimentos para o Senhor. Porque Pe. Pio se submeteu, ele hoje é um santo! O que teria acontecido se Pe. Pio tivesse reclamado dos seus sofrimentos e se rebelado contra seus superiores?
Talvez quem lhe causou alguma contrariedade esteja errado, mas quando você se submete e oferece ao Senhor este sofrimento, ele se transformará em uma fonte de bênção para todos. Talvez a causa do seu sofrimento seja uma doença física em você ou em alguém da sua família, talvez seja por causa de um filho ou de uma filha rebelde.... Não importa! Não se revolte e não perca a fé.  Aprenda a oferecer estes sofrimentos a Deus em favor daqueles por quem você intercede.
Transformar o sofrimento em oração é uma grande bênção! Entregar-se ao Pai através da dor e da angústia e muitas vezes do desespero, é também uma grande bênção! Deus surge então como refúgio, salvação, como Pai, como Mãe, que nos envolve com a Sua Presença e nos salva. Fazer do sofrimento uma oração de intercessão é uma bênção ainda maior! É no meio das nossas provações, tentações, sofrimentos físicos ou morais que há de elevar-se uma intensa súplica ao Espírito Santo em favor de todas as pessoas pelas quais intercedemos.
Uma só mulher humilde que oferece, na sua cama de hospital, seus sofrimentos a Deus, faz mais pelo bem do mundo do que muitos dos que o governam.
Deus te abençoe!

Núcleo Nacional do Ministério de Intercessão


INTENÇÕES PARA ESTE MÊS
1.    Para que cesse a violência no Brasil e no mundo.
2.    Pela Assembleia Eletiva da Presidência do Conselho Nacional da RCC do Brasil que acontecerá em Brasília nos dias 21 a 25/09/2016.
3.    Pela erradicação dos vírus causadores da Dengue, Zika e Chikungunya .
4.    Pela situação política, econômica e moral em nosso País.
5.    Pela Reunião de Oração do Grupo de Oração (pelo pregador, dirigente, músicos e demais servos e pelas pessoas que participam da Reunião de Oração).
6.    Pelos Grupos de Oração na Diocese, no Estado e no Brasil.
7.    Pelos Ministérios da RCC no Grupo de Oração, na Diocese, no Estado e no Brasil.
8.    Pelas necessidades espirituais e financeiras dos escritórios diocesano, estadual e nacional da RCC.
9.    Pelos projetos da RCC na Diocese, no Estado, no Brasil na América Latina e no Mundo.
10.  Pelos eventos de evangelização da RCC no Grupo d Oração, na Diocese, no Estado e no Brasil.
11.  Pela Reunião dos Conselhos Diocesano, Estadual e Nacional neste ano.
12.  Pela missão de GilbertoGomes Barbosa a frente da presidência internacional da Fraternidade Católica - FRATER. (A FRATER é o órgão de serviço criado com a missão de atender as Novas Comunidades Carismáticas Católicas de Vida e Aliança. Fundada pelo Pontifício Conselho para os Leigos em 1990, seu objetivo principal é promover a comunhão, partilha e ajuda mútua entre seus membros).
13.  Pelas coordenações do Grupo de Oração, da RCC na Diocese, no Estado e no Brasil (Coordenadora Nacional: Katia Roldi Zavaris e sua família).
14.  Pela Santa Igreja, pelo Santo Padre, o Papa Francisco, pelo Bispo diocesano, pelos Sacerdotes, Diáconos, Religiosos e Religiosas e pelos Seminaristas.
15.  Pelas casas de missão da RCCBRASIL e pelos missionários e missionárias.
16.  Pela construção da Sede Nacional da RCC do Brasil e pelos seus colaboradores.
17.  Para que todos os membros da RCC do Brasil busquem a unidade e se abram para a moção da Reconstrução.

INTENÇÕES DO ESTADO

1.   Congresso Estadual do Ministério da Promoção Humana - 17-18/setembro (Iratí)
2.   Congresso Estadual do MOCL - 17-18/setembro (Ponta Grossa)

INTENÇÕES DA DIOCESE

1.   Encontro do MFP para os indicados  - 4/setembro
2.   Vigilia pela Pátria - 6/setembro  (noite - paroquial)
3.   Cenáculo Diocesano -  11/setembro (Arapotí)

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Ministério de Intercessão - agosto/2016 - Diocese de Jacarezinho

A intercessão nos impulsiona para uma parceria sagrada com Jesus


Muitas vezes focamos o Ministério de Jesus, de ensino, cura e libertação durante a sua vida pública. No entanto, o ministério eterno de Jesus é a intercessão, conforme a Carta aos Hebreus nos diz: “Agora, porém, Cristo recebeu um ministério superior. Ele o mediador de uma aliança bem melhor, baseada em promessas melhores” (Hb. 8,6). Como Deus-homem, Jesus fica entre Deus e o homem, participando das naturezas de ambos e, por esse fato, sendo mais apto a atuar como mediador entre Deus e o homem.
Ele é o mediador no sentido absoluto da palavra, de uma forma que ninguém mais pode ser. “Porque há um só Deus e há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem que se entregou como resgate por todos...” (1Tm. 2,5-6). O objetivo principal de sua mediação é a salvação de cada pessoa humana no sentido de restaurar a amizade entre Deus e o homem.
A expiação pelos pecados realizou-se na Cruz. A paixão de Cristo, culminando em sua morte na Cruz, é o maior ato de intercessão oferecido por Jesus. Depois de ter morrido e ressuscitado dos mortos, o Ministério de Intercessão de Jesus continua à direita de Deus, para onde Ele ascendeu: “Quem os condenará? Cristo Jesus, que morreu, ou melhor, que ressuscitou, que está à mão direita de Deus, é quem intercede por nós!” (Rm. 8,34).
Jesus viveu em Nazaré por trinta anos, após o que Ele se empenhou em seu Ministério público por três anos. Agora Ele intercede à direita do Pai para que todos possam ser salvos. “É por isso que lhe é possível levar a termo a salvação daqueles que por ele vão a Deus, porque vive sempre para interceder em seu favor.” (cf. Hb 7,25).
A obra que permanece inacabada é a intercessão, porque milhões ainda estão para ser salvos. Na verdade, saber que Jesus continua seu Ministério de Intercessão à direita de Deus é bastante edificante e encorajador para nós. Isso implica que Jesus tem se empenhado no Ministério de Intercessão por mais de dois mil anos. Também fica claro que a intercessão é a mais alta prioridade na mente de Jesus. E continuará até que Ele volte em glória para julgar os vivos e os mortos. Isso não deixa dúvidas sobre a importância inestimável da intercessão para a salvação das almas.
A intercessão nos impulsiona para uma parceria sagrada com Jesus Cristo, o filho de Deus entronizado. A Escritura chama todos os cristãos de cooperadores de Deus (cf. 1Cor. 3,9; 2Cor. 6,1). “Vós, porém, sois uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus...” (1Pe. 2,9). Jesus quer que nós, os escolhidos, sejamos seus parceiros no Ministério de Intercessão.
Na intercessão, entramos no círculo onde partilhamos o mesmo fardo com Jesus e somos capazes de ouvir o clamor das pessoas que ainda estão para serem salvas. Jesus entregou sua vida em favor de cada pessoa que já viveu nesse mundo. E agora, como nosso Sumo Sacerdote ou Intercessor, Ele vive sempre para levar pessoas a aceitarem sua proposta de salvação conquistada por sua Paixão, Morte e Ressurreição.
Ó maravilhosa intercessão de nosso bendito Senhor Jesus, não só porque garantiu nossa aceitação e perdão pelo Pai, mas também porque nela nos tornamos parceiros e cooperadores atuantes. Agora, entendemos melhor o que é interceder e por que tal ação possui tanto poder. Deus Filho é o nosso intercessor entronizado e Deus Espírito Santo é o intercessor que mora em nós, unindo-nos a Deus Pai em nossa intercessão. Jesus nos chama para sermos seus cooperadores ou parceiros na intercessão, algo que devemos considerar uma grande honra.
Que nossa intercessão se torne nossa vida de comunhão com Deus. Descobriremos, assim, que não só se cumprirão as promessas do poder de Deus no nosso Ministério, mas, muito mais importante, ao permanecermos em Cristo e ele em nós, seremos participantes da própria alegria dele de abençoar e salvar vidas.
Deixemo-nos ser parceiros com Jesus, o intercessor por excelência!
Deus te abençoe!
Núcleo Nacional do Ministério de Intercessão

INTENÇÕES PARA ESTE MÊS
1.    Para que cesse a violência no Brasil e no mundo, especialmente durante os Jogos Olímpicos que acontecerão na cidade do Rio de Janeiro nos dias 5 a 21 de agosto de 2016.
2.    Pelo Encontro Nacional dos Coordenadores Estaduais do Ministério de Intercessão nos dias 09 a 11/09/2016 em Curitiba.
3.    Pela erradicação dos vírus causadores da Dengue, Zika e Chikungunya .
4.    Pela situação política, econômica e moral em nosso País.
5.    Pela Reunião de Oração do Grupo de Oração (pelo pregador, dirigente, músicos e demais servos e pelas pessoas que participam da Reunião de Oração).
6.    Pelos Grupos de Oração na Diocese, no Estado e no Brasil.
7.    Pelos Ministérios da RCC no Grupo de Oração, na Diocese, no Estado e no Brasil.
8.    Pelas necessidades espirituais e financeiras dos escritórios diocesano, estadual e nacional da RCC.
9.    Pelos projetos da RCC na Diocese, no Estado, no Brasil na América Latina e no Mundo.
10.  Pelos eventos de evangelização da RCC no Grupo de Oração, na Diocese, no Estado e no Brasil.
11.  Pela Reunião dos Conselhos Diocesano, Estadual e Nacional neste ano.
12.  Pela missão de GilbertoGomes Barbosa a frente da presidência internacional da Fraternidade Católica - FRATER. (A FRATER é o órgão de serviço criado com a missão de atender as Novas Comunidades Carismáticas Católicas de Vida e Aliança. Fundada pelo Pontifício Conselho para os Leigos em 1990, seu objetivo principal é promover a comunhão, partilha e ajuda mútua entre seus membros).
13.  Pelas coordenações do Grupo de Oração, da RCC na Diocese, no Estado e no Brasil (Coordenadora Nacional: Katia Roldi Zavaris e sua família).
14.  Pela Santa Igreja, pelo Santo Padre, o Papa Francisco, pelo Bispo diocesano, pelos Sacerdotes, Diáconos, Religiosos e Religiosas e pelos Seminaristas.
15.  Pelas casas de missão da RCCBRASIL e pelos missionários e missionárias.
16.  Pela construção da Sede Nacional da RCC do Brasil e pelos seus colaboradores.
17.  Para que todos os membros da RCC do Brasil busquem a unidade e se abram para a moção da Reconstrução.

INTENÇÕES DA DIOCESE


2.      Missão decanato de Jacarezinho – 6 e 7/agosto


3.      Congresso Diocesano Ministério de Pregação -  20 e 21/agosto

4.      Assembléia Eletiva Diocesana – 21/agosto

5.      Encontro diocesano Ministério da Crianças – 28/agosto

6.      6º Encontro MFP para indicados – 4/setembro

7.      XXV Cenáculo Diocesano – 10 e 11/setembro

8.   Congresso Estadual de Intercessão e Ministério das Crianças - 27 e 28/agosto

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Formação para Líderes e Comunicação Social da RCC, em Pinhalão


86 servos da RCC da Diocese de Jacarezinho - Pr participaram da Formação para líderes e Comunicação Social neste final de semana (19/20/janeiro) na cidade de Pinhalão-Pr. Um Alto Nível de comprometimento de todos, e maturidade no Espírito cada dia maior. Os temas abordados neste encontro de formação foram:  a Acolhida, WebTV, Fotografia, Como redigir um bom texto, Redes Sociais, Arte, Simbologia e Divulgação, O que é Comunicação, e a Moção Nacional para o Movimento em 2013. Quero Agradecer de todo o coração a todos que trabalharam e se fizeram presentes, que Deus lhes abençoe muito hoje e sempre. O Ano não podia começar melhor para nós!

Diego Garcia - coordenador diocesano da RCC-Diocese de Jacarezinho-Pr
 


domingo, 20 de janeiro de 2013

Entrevista - Nova Presidente do Conselho Nacional da RCC toma posse a 24 de janeiro

Eleita como nova presidente do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica do Brasil em setembro de 2012, Kátia Roldi Zavaris inicia, nessa semana, sua nova missão dentro do Movimento.

A posse oficial da nova presidência acontecerá no dia 24 de janeiro, durante a programação do Encontro Nacional de Formação 2013, em Canas/SP. Na ocasião, serão apresentados os demais membros da nova equipe como coordenadores nacionais de Ministérios e Comissões. Antes de serem oficialmente apresentados, tais nomes passam por homologação do Conselho Nacional que acontecerá em uma assembleia que antecede o ENF.

Confira abaixo, a entrevista na qual Kátia fala sobre a sua trajetória na RCC e partilha as motivações para o trabalho que desenvolverá à frente da RCC no período 2013/2016.

Portal RCCBRASIL: Como iniciou e se desenvolveu a sua caminhada na Renovação Carismática Católica?
Participo da Renovação Carismática Católica desde 1987. À convite de uma amiga, eu conheci o Grupo de Oração Rainha dos Apóstolos na Catedral de Vitória, capital do estado do Espírito Santo. Foi nesse Grupo que tive uma experiência pessoal com Jesus Cristo, me encantei por Ele e me encontrei como pessoa. Sou católica, nascida em uma família católica participante e praticante, mas foi com essa experiência que eu vivi no Grupo de Oração que minha caminhada começou. Com um ano de participação no Grupo de Oração eu já era serva. Meio ano depois, já fazia parte do núcleo do GO e, um ano depois, tornei-me coordenadora. Fui membro do Conselho da RCC da Arquidiocese de Vitória, depois coordenei o estado do Espírito Santo por sete anos e, por isso, participei então por sete anos do Conselho Nacional. Depois de dois anos, retornei ao Conselho, convidada pelo Marcos Volcan, como primeira secretária. Em junho de 2012 eu fui eleita coordenadora da RCC da Arquidiocese de Vitória e em 29 de setembro do mesmo ano, presidente do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica do Brasil.

Portal RCCBRASIL: Fale um pouco sobre a sua vida profissional e pessoal. 
Sou formada em Letras - inglês pela Universidade Federal do Espírito Santo e atualmente tenho duas escolas de idiomas, uma em Vitória e outra em Vila Velha. Eu dou aula na escola todos os dias, e isso me realiza muito. E é bonito perceber que Deus usa a nossa vida como um todo, não tem como separar a vida profissional da espiritual, a nossa vida é uma única coisa, totalmente entregue a Ele. Comecei a fazer traduções em eventos católicos há doze anos, traduzo alguns pregadores aqui no Brasil e fora do país também. E para mim é uma alegria, faz parte da minha alma trabalhar com educação e mais especificamente com idiomas.

Sobre a vida familiar, sou casada com o Sérgio Carlos Zavaris, que também participa ativamente da RCC há bastante tempo, tendo sido coordenador nacional do Ministério de Fé e Política nos últimos anos. Nós não temos filhos, porque não podemos tê-los, mas o Senhor foi fazendo uma obra na nossa vida através de vários sinais, hoje nós temos muitos filhos espirituais.

Portal RCCBRASIL: Como é ser eleita Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL?
Eu me sinto muito honrada com esse chamado para coordenar a RCC do Brasil e em ser a primeira mulher a estar à frente do Movimento na história do Brasil. Sinto que foi uma escolha de Deus junto com Maria. Como disse Dom Alberto Taveira ao final da eleição lá em Aparecida/SP, creio que será um tempo de ternura e fortaleza mariana. Eu acredito que, com a intercessão de Maria, nós vamos conseguir ser obedientes àquilo que Ele quer para a RCC nesse tempo. A RCC tem caminhado através de uma visão profética para uma evangelização cada vez mais eficaz. O que eu sinto é que será um tempo de escuta profunda e de realizações ousadas, como tem sido até hoje, com o foco sempre na evangelização para que mais almas sejam alcançadas, para que mais pessoas possam ouvir falar do nome de Jesus Cristo e assumi-lo como Senhor.

Portal RCCBRASIL: Deixe uma mensagem aos membros do Movimento
Eu queria dizer para todos nós que participamos da RCC do Brasil, para todos os Grupos de Oração que existem nesse país, que nós nascemos para evangelizar com renovado ardor missionário, a partir da experiência do Batismo no Espírito Santo.  Por isso, em nossa ação missionária e dentro dos nossos Grupos de Oração deve ser um tempo de profunda doação. Não podemos ter medo de dizer: “Senhor, eis-me aqui! A minha vida é Tua, faça dela tudo o que o Senhor quiser. A Renovação é Tua, ela pertence a Ti, ela surgiu a partir de um sopro do Espírito Santo para evangelizar, para levar o Teu Nome aos quatro cantos da terra. Usa, Senhor, a Renovação Carismática Católica da forma que o Senhor quiser, ela Ti pertence, ela é Tua”.

Nesse ano de 2013, dentro da temática do Ano da Fé vivenciado por toda a Igreja, nós vamos viver, na RCC do Brasil, o tema “Esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (I Jo5, 4b).  Que nós possamos através dos Grupos de Oração, das formações e de todas as nossas atividades fortalecer nossa fé em Jesus que é o único Senhor, o único Salvador, o Verdadeiro Deus. Que Deus abençoe a todos!